segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Assunto que me inquieta

Mortes no triathlon. Especialmente na natação. É um assunto que me inquieta. E me causa curiosidade.
De fato, por que acontecem mortes durante a prática de um esporte cujos praticantes são considerados exemplos de vida saudável?
No último domingo ocorreram duas mortes no Nautica New York City Triathlon, um senhor de 64 anos e uma mulher de 40 anos.
Apesar da natação ser a primeira parte das competições de triathlon, ela tem sido a mais perigosa. Um estudo do JAMA: The Journal of American Medical Association analisou os resultados de 2.971 triathlons nos Estados Unidos entre janeiro de 2006 e setembro de 2008 e relatou que 14 participantes morreram: 13 na natação e um no ciclismo, tinham idades entre 28 e 65 anos.
A Revista Scientific American entrevistou o responsável pela pesquisa sobre os perigos da natação no triathlon, o cardiologista Kevin Harris, que afirmou que sentiu-se surpreso pelo fato das mortes ocorrer na parte da natação, considerando que nesta parte da competição os atletas presumidamente não sofriam tanto com o calor ou exaustão.
Contudo, as mortes também fazem sentido por várias razões:

1) O pico de adrenalina e o número de atletas entrando na água ao mesmo tempo;
2) O fato de muitos atletas virem de esportes, como corrida, ou outros que fazem o atleta ser menos adaptado à natação;
3) Nadar num triathlon é um esporte totalmente diferente de nadar numa piscina em virtude da variabilidade de extremos de ondas, pessoas nadando ao redor, ou em cima do atleta;
4) A impossibilidade de descansar se necessário, ou pedir ajuda, tal como se pode fazer na corrida ou no ciclismo;
5) A dificuldade de ser notado se o atleta está com dificuldade devido ao número de competidores na água - que não é transparente.

Portanto, é fundamental ter consciência dos perigos que rondam este esporte tão especial com o fim de praticá-lo com responsabilidade. 

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