A XII Corrida do Carteiro foi a corrida mais bem organizada que participei. Havia dezenas de voluntários atenciosos trabalhando, ambulâncias, caminhão de resgate dos bombeiros, paramédicos. Foi uma sensação indescritível correr no Parque Marinha do Brasil, na beira do Rio Guaíba, avistar o pelo Parque Gigante, o Estádio da Beira-Rio. Isto para não falar no dia de céu azul, coisa rara no inverno gaúcho.
Considerando que treinei apenas duas semanas antes da prova e nenhum treino envolveu uma corrida de 10km, muita coisa de ruim passou na minha cabeça. Principalmente se ia conseguir terminar ou não! Larguei lá do fundo (mais adiante explico o porquê…) e já nos 2 km eu já ouvia gente com a respiração pesada. “Nossa! O que que essa gente tá fazendo aqui??”, pensei…
Quando eu estava nos 4 km deu para ver os corredores de elite passando por mim. Um deles era o atleta do Grêmio, que chamam de Jacaré. Ele sempre chama a atenção por que corre descalços
Aos 5 km, era a hora do retorno. No 6 km comecei a sentir o cansaço. Mas não era nada de excepcional. Claro que desistir nem passou pela minha cabeça, afinal não ia acordar às 3 da manhã para fazer fiasco! Quando eu vi a placa dos 7 km, decidi não ultrapassar mais ninguém. Como é bom correr numa corrida organizada, tinha placa da quilometragem em todo o percurso! Nos 8 km estava muito cansado! Mas eu já avistava a chaminé do Gasômetro e após correr mais um pouquinho comecei a ouvir o alto-falante, estava perto!
Na reta final fui ultrapassado pela galera do sprint final. Pensei, “sprint a essa hora pra quê? Até parece que estamos disputando um lugar no pódium!”
Enfim, cheguei! Como ninguém me entregou medalha nenhuma, perguntei para a voluntária que me entregou um copo de água “não tem medalha?”. Tinha que entrar numa fila ao lado para entregar o chip e receber a medalha. Corrida organizada é outra coisa! Na entrega da medalha uma voluntária muito simpática nos colocava a medalha no pescoço e dizia…”parabéns!”
A lição mais importante que aprendi nesta corrida é que não devo mais largar no fundo. Pelo menos não devo largar deste jeito numa corrida curta, de 10 km. Sempre largo assim porque imagino que não vou conseguir acompanhar o ritmo dos que largam na frente, por medo de ser atropelado pelos corredores de elite, por ser inexperiente, blah, blah, blah…mas apesar de mim mesmo, passei toda a prova ultrapassando o pessoal mais lento, mesmo após os 7 km, quando eu já não queria atacar mais ninguém, eu ainda assim ultrapassava, óbvio, se eu estava mal, os outros estavam pior. Desse jeito, eu perco tempo por culpa só minha. De agora em diante vou largar no meio da galera, pois minha colocação foi o 401º lugar, tempo de 52m 06s. Mas o tempo líquido foi de 50m49s, ou seja, perdi mais de dois minutos na saída. Considerando que tinham 1100 competindo, posso largar no meio da turma sem ter medo de ser atropelado.
Parabéns aos Correios, pelo incentivo ao esporte, parabéns aos profissionais que lá estavam, parabéns a nós que competimos
Resultado da XII Corrida do Carteiro aqui.
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