Tive uma sensação de "coisa saindo errado" desde o início. Planejava correr uma hora na esteira da academia e depois nadar no clube.
Logo que cheguei na academia, notei que as esteiras estavam todas ocupadas. É o velho problema de quem tem que combinar trabalho, estudo e treino, pois na hora que chego na academia, é quase sempre o horário de pico e nem sempre encontro alguma esteira disponível.
Mas num lance de sorte, um colega, que também corre, logo em seguida me sinalizou que estava desocupando a esteira. Logo que ele saiu ele me disse: "tenho que parar, porque minha panturrilha não agüenta mais!". Imediatamente veio-me a lembrança da tendinite e lhe disse: "alonga! alonga! senão tu vai ter tendinite". Vivendo e aprendendo!
Ao correr na esteira, por esses misteriosos problemas que acontecem em aparelhos eletrônicos, sem aviso prévio, ela acelerava a toda a velocidade. É um bom treino de sprint pensei! Mas às vezes fiquei preocupado com a segurança. Cair de uma esteira ia ser um fiasco daqueles!
Passados 50 minutos, cansei da esteira, era para correr uma hora, mas os sprints repentinos me deixaram muito cansado.
Fui no clube nadar. Pedi para a professora de natação os pés de pato, prancha e flutuador e ela me disse que os professores estavam proibidos de emprestar o material. Ai, ai, ai...
Como ia seguir a planilha do treinador? O jeito foi seguir, sem usar nada de equipamento e cansar mais ainda!
Por sorte havia um par de pés de pato e uma prancha na borda da piscina. Fingi que não sabia de nada e tinha esperança que pudesse usar a prancha e os pés de pato.
Mas não passou nem 5 minutos e um senhor perguntou se o equipamento era meu. Não tive coragem de mentir e disse "não". Sem dizer nada, ele levou tudo embora...
Caí na água achando que nada mais de confusão ia acontecer, mas estava enganado.
Ao nadar crown em velocidade, notei que algo tinha raspado no meu braço direito. Imediatamente parei e ouvi um aiiiiiii de uma colega da equipe master! Batida de braço direito contra braço esquerdo. Nunca imaginei que apenas um choque de raspão de um braço pudesse causar tanta dor. Ela disse que acertou direto no nervo e se queixou de falta de ar. Nossa...faz-se o quê agora? Fiquei aguardando enquanto ela se recuperava, até o momento que ela seguiu nadando. Cada vez que eu a encontrava na borda eu perguntava se estava tudo bem.
Quando terminei o treino encontrei ela na beira da piscina e conversamos novamente. Eu fiquei pensando se ela estava irritada comigo. Mas nada disso! Conversamos sobre trabalho, família, esporte. Eu não notei dada de irritação ou mágoa do acidente.
Depois de tanta confusão, é curioso que no fim das contas eu acho que tenha ganhado uma amiga.
Nossa, que dia, mas enfim...missão cumprida!
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