A praga da obesidade mórbida

A obesidade mórbida virou praga.
O número de cirurgias de redução de estômago realizadas pelo Sistema Único de Saúde/SUS (a rede pública de saúde do Brasil) aumentou 542% desde 2001, quando este procedimento começou a ser realizado.
Segundo o Globo.com "somente em 2008, no Brasil, foram realizadas 3.195 cirurgias bariátricas, a um custo de R$ 15,736 milhões para o SUS. Em 2001 foram gastos R$ 1,237 milhão para 497 procedimentos como esse. O investimento cresceu 1.765%."
Acontece que o número de cirurgias bariátricas deveria ser muito maior do que as 3.195 anunciadas, pois no meu trabalho eu soube que as vagas que o SUS oferece para cirurgia bariátrica no Estado do Rio Grande do Sul são limitadissimas, que são realizadas no COM-Centro de Obesidade Mórbida do Hospital São Lucas da PUC, em Porto Alegre.
Como consequencia, atuei num processo de uma enfermeira que sofria de obesidade mórbida, perdeu o emprego, sua vida estava em risco e ingressou na Justiça para obter a cirurgia.
A ordem judicial determinando a realização da cirurgia foi expedida no final do ano de 2006 e a paciente só conseguiu fazer o procedimento no final do ano de 2008!
Com as facilidades da vida moderna, já que ninguém mais sobe escada, levanta do sofá para trocar o canal da TV ou vai de bicleta ao trabalho e todo mundo gosta de um fastfood (ou junk food), obesidade mórbida é um problema de saúde pública nos dias atuais.
Os custos psicológicos e para a saúde do paciente são enormes. Por sua vez, a Saúde Pública deve arcar com uma tremenda e crescente despesa, pois se trata de uma cirurgia cara e complexa.
Conscientize-se, evite desordem alimentar e, igualmente importante, faça alguma atividade física. Falta de tempo não é desculpa. Há academias e piscinas que funcionam 24 horas por dia nos grandes centros.